segunda-feira, 22 de julho de 2013

Duquesa Kate Middleton dá à luz menino de 3,7 kg

Kate Middleton dá à luz primeiro filho com o príncipe William


Bebê nasceu no mesmo hospital em que William e Harry. E chega ao mundo com o peso da milenar monarquia britânica sobre a cabecinha coroada.

Pouco mais de dois anos após o casamento com o príncipe William, Kate Middleton deu à luz o primeiro filho do casal nesta segunda-feira às 16h24 (horário local, 12h24 no horário de Brasília). Ao confirmar a notícia, o Palácio de Buckingham encerrou também o mistério em torno do sexo do bebê, mantido em segredo durante toda a gravidez. O nome da criança, porém, só será revelado nos próximos dias, conforme protocolo da família real britânica. Especula-se que William e Kate optem por um nome bastante tradicional – e que remeta a outros personagens históricos da realeza. O menino nasceu com 3,7 quilos e receberá o título de príncipe de Cambridge.

O hospital escolhido por Kate para o parto, St. Mary's de Paddington, no centro de Londres, é o mesmo em que a princesa Diana, morta em 1997, deu à luz os príncipes William e Harry. Desde o dia 2 de julho pelo menos sessenta fotógrafos estão acampados em frente ao local na tentativa de registrar a primeira imagem de William e Kate com a criança.
Como seu pai, o príncipe Charles, fez no dia de seu nascimento, em 1982, William quebrou o protocolo e assistiu ao parto, que durou mais de 10 horas. Até o nascimento de William, há 31 anos, os pais da realeza costumavam ficar do lado de fora da sala de parto.
Em março, um ato falho de Kate chegou a ser considerado uma pista de que a duquesa esperava uma menina. Presenteada por uma admiradora com um urso de pelúcia branco, Kate teria respondido: "Obrigada, vou levar para minha fi...". Imediatamente, ela se corrigiu: "Para o meu bebê".
Efeito bebê – Analistas estimam que o frisson em torno do nascimento do bebê real possa injetar na economia inglesa até 240 milhões de libras (380 milhões de dólares), fortuna derivada da venda de produtos licenciados, do aumento no fluxo de turistas e do bookmakers, mercado de apostas, que movimenta milhões na Inglaterra com palpites sobre o nome do bebê, a cor dos seus cabelos e até a idade em que ele vai ser fotografado pela primeira vez dentro de um clube noturno. Em entrevista à agência de notícias France-Presse, o especialista Gary Burton revelou que os palpites já ultrapassaram o montante de 750 000 libras (equivalente a 2,5 milhões de reais) na empresa de apostas Coral, a qual dirige.
Os números se justificam tendo em vista que sobre a cabecinha coroada do bebê de William e Kate repousa a responsabilidade da manutenção de uma instituição milenar, a monarquia britânica. Segundo um estudo divulgado em junho do ano passado pela consultoria britânica Brand Finance - especializada em avaliação e gestão de marcas -, o valor comercial da realeza britânica já supera 44,5 bilhões de libras (mais de 139 bilhões de reais). A pesquisa sugere que, se fosse colocada à venda como qualquer outro negócio, a monarquia valeria mais do que as redes de supermercado locais Tesco (33 bilhões de libras) e Marks & Spencer (7,4 bilhões de libras) juntas, por exemplo. O bebê de William torna-se o terceiro na linha de sucessão ao trono, atrás do avô e do pai. Os herdeiros são a forma de perpetuação da monarquia. Logo, ao presentear a rainha Elizabeth II com uma bisneta, William e Kate cumprem o papel que se esperava deles: contribuem para garantir a longevidade do reinado dos Windsor.
William é hoje uma das mais populares figuras da família real. Ele herdou da mãe, a princesa Diana, a beleza, a simpatia e a naturalidade no trato com os plebeus. Cumpre à risca todos os compromissos oficiais e está sempre sorrindo em público. Ele sabe que é a maior aposta do Palácio de Buckingham para garantir a popularidade da monarquia inglesa junto aos súditos - o futuro do negócio familiar do qual é o herdeiro depende em grande medida de seu sucesso nessa missão. A escolha de Kate, uma plebeia, para caminhar ao seu lado nessa empreitada tem se mostrado cada dia mais acertada.
Ao longo dos oito anos de namoro que antecederam o casamento, ocorrido em abril de 2011, Kate foi submetida a vários testes. No escaneamento feito pela rainha das qualidades da duquesa, as que mais contaram foram a discrição e a compostura. Desde que se passou a integrar a família real, Kate segue à risca seu papel – inclusive o de garantir à rainha um bisneto. O charme, o carisma e, acima de tudo, a vocação para servir de exemplo reservam ao casal um lugar cativo em meio aos súditos. Até no teste da fotografia em topless o casal passou. A crise provocada pela divulgação de fotos da duquesa em momentos íntimos com o marido durante uma viagem à França, em 2012, foi enfrentada com profissionalismo e disciplina. Kate mostrou que tem autocontrole para enfrentar situações de emergência.
Fora do palácio – Ao contrário de Diana, filha de condes, Kate é a primeira plebeia de verdade a entrar para a realeza. Foi na família da mulher que William finalmente encontrou um ambiente doméstico estruturado: os pais de Kate, Carole e Michael, não moram em palácios, não se traem publicamente e não têm mordomos como maiores confidentes. Ou seja, um bebê da realeza inglesa pela primeira vez vai ser criado também por uma família "comum" – os novos papais, aliás, passarão os primeiros dias após a chegada do bebê na casa da família da duquesa.
Tragicamente órfão de mãe aos 15 anos, William chegou a experimentar um modelo de criação menos formal. Ao invés de delegar a educação e os cuidados com os filhos aos empregados, como era praxe nos domínios de Buckingham, Diana fazia questão de levá-los à escola e cumprir trajetos a pé com os dois pelas ruas de Londres, apesar do constante assédio dos paparazzi. Ela e Charles também fizeram muitas viagens de férias com os filhos, algo que raramente acontecia com os antepassados da rainha Elizabeth II, deixados na companhia de babás enquanto os pais se ausentavam. A exemplo do pai, William e Harry recusaram a tradição de receber educação circunscrita aos limites do palácio. William formou-se na Universidade de St. Andrews, na Escócia, onde conheceu Kate. Espera-se que o filho do casal siga pelo mesmo caminho.
Fonte: veja abril

Ivanete Knaepkens

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