domingo, 7 de outubro de 2012

Sonhos

Os sonhos não morrem... 
Voce pode viver mil anos
Que eles te acompanham 
Eles mudam as vestimentas
Refinam as maneiras 
Mas a essência é a mesma. 
Os sonhos que mantem a maquina viva 
Se os sonhos morrerem 
A maquina se desliga. 
Eu acreditei em uma vida perfeita... 
Mas ela não existe. 
Nós morremos um pouco á cada dia, 
As cascas vão ficando ao longo da estrada. 
Mas não é só de tristezas que é composta uma vida 
Devemos fazer algo
Para dar a diferença 
Para depois olharmos pra traz 
E ver que de alguma forma 
Valeu á pena!  

Autoria: Ivanete Knaepkens

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Jelle Vossen bij KVC Oostmalle Sport


19/08 MALLE (2390) De jeugdspelers van KVC Oostmalle Sport kregen zondag een doorgedreven training onder leiding van Rode Duivel Jelle Vossen van Racing Genk. Zowel het voetbalidool als de spelertjes en hun entourage reageerden enthousiast.
De bijna ondraaglijke hitte konden noch de jongelui, noch Jelle Vossen zelf deren. De kinderen gingen ervoor, want zeg nu zelf: je krijgt niet elke dag de gelegenheid om samen met een topvoetballer op de grasmat te staan.
Jelle Vossen schepte er zelf plezier in om de kinderen wat kneepjes van het voetbalvak aan te leren. "Ik leerde hen vooral de twee voeten te gebruiken, goede passes te geven en flink op doel te schieten. Ik heb het als kind ook allemaal moeten leren. In mijn tijd was Wesley Sonck het grote voorbeeld. En, eerlijk gezegd, ik zie in Oostmalle heel wat jeugdig talent."
Jan Vorsselmans

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Auto retrato


Sinto que aos poucos
Algo vai se desintegrando.
As vontades vão embora,
Como uma água que escorre entre os dedos.
As coisas que antes eram tão importantes,
Hoje não significam tanto assim.

Tenho medo de demorar muito,
Longe de mim mesma.
E esquecer de como eu era...
Esta pessoa que vejo no espelho todos os dias
Esta se tornando uma desconhecida.

Tenho a impressão que direi um dia;
Quando e onde que me perdi
De mim mesma...

Autora: Ivanete Knaepkens

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Soneto de Separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

(Vinicius de Moraes)

AVE MARIA

Meu filho! termina o dia...
A primeira estrela brilha...
Procura a tua cartilha,
E reza a Ave Maria!

O gado volta aos currais...
O sino canta na igreja...
Pede a Deus que te proteja
E que dê vida a teus pais!

Ave Maria!... Ajoelhado,
Pede a Deus que, generoso,
Te faça justo e bondoso,
Filho bom, e homem honrado;

Que teus pais conserve aqui
Para que possas, um dia,
Pagar-lhes em alegria
O que sofreram por ti.

Reza, e procura o teu leito,
Para adormecer contente;
Dormirás tranqüilamente,
Se disseres satisfeito:

“Hoje, pratiquei o bem:
Não tive um dia vazio,
Trabalhei, não fui vadio,
E não fiz mal a ninguém.”
(Olavo Bilac)

AS DUAS FLORES


São duas flores unidas
São duas rosas nascidas
Talvez do mesmo arrebol,
Vivendo,no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.

Unidas, bem como as penas
das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.

Unidas, bem como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar...
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.

Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!

(Castro Alves)

MEUS OITO ANOS

Oh ! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais !
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais !

Como são belos os dias
Do despontar da existência !
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é - lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor !

Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar !
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar !

Oh ! dias de minha infância !
Oh ! meu céu de primavera !
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã !
Em vez de mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã !

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
De camisa aberta ao peito,
- Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis !

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo,
E despertava a cantar !

Oh ! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais !
- Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais !
(Cassimiro de Abreu)