sexta-feira, 11 de março de 2011

Fada


Voce vem
Nunca te vi
Mas tem algo meu,
De alguma forma preso em voce.

Te olho novamente...
Sinto algo familiar.
Seus jestos e maneira de falar,
De voce vem uma mensagem.

Voce não fala nada
Nos comunicamos
Como se fosse telepatia.
Me sinto bem.

Esta energia forte que vem de voce
Fala de coisas que não consigo decifrar...
Meu anjo
Voce me faz tão bem!

Autoria: Ivanete Knaepkens

Meu Rio Interior


Quando eu tento ver,
Mergulho neste rio que corre dentro de mim.
Vejo que ele flui incansavelmente
Levando consigo, sonhos, energias, ilusões...
São muitas partículas,
Misteriosas partículas.
Infinitas formas de ver a realidade.
Tem muitas faces este rio.
Emoções, desejos, medos.
Este rio leva tudo, e ao mesmo tempo plasma.
Ele é traiçoeiro e carismático.
Consegue prender por anos... séculos.
E o seu prisioneiro nem percebe.
Esta hipnotizado, em transe.
Adorando tudo aquilo!
Muitas coisas são reveladas.
Mas se perdem, em um momento tão irreal.
Onde os paralelos se misturam.
Não sabe onde acaba um para começar o outro.
Neste rio que tanto naveguei,
Hoje perdi minha búsula.
E é engraçado...
Estou gostando desta deriva.
Posso me aprofundar um pouco mais,
Nestes espaços em branco...
E ir muito mais além!

Autoria: Ivanete Knaepkens

Amarras

As vezes quero me desprender,

Destas amarras que me encontro.

Tenho medo de saber os significados...

Mas isso também me fascina.

Espero estar fazendo as coisas certas.

São tantas coisas, tantos sentimentos...

Presos em uma vida!

Autoria: Ivanete Knaepkens

sexta-feira, 4 de março de 2011

Ismália


Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

(Alphonsus de Guimaraens)